Este templo foi construído por um ato de fé do Capitão Teodósio Rodrigues de Farias e inaugurado no ano de 1754. Acha-se localizado na Colina Sagrada do Bonfim, com o frontispício voltado para as águas da Baía de Todos os Santos. Toda a cidade se projeta à sua frente, como a pedir-lhe proteção. Trata-se de um local de penitência e veneração, visto que a devoção do Senhor do Bonfim chega a transpor as fronteiras do Estado da Bahia. Externamente a Igreja tem estilo renascença sendo que em uma das torres existe um relógio de fabricação baiana. Em frente há um adro rodeado de gradil. Internamente, aos lados, dois quadros representando a “Morte do Justo” e a “Morte do Pecador”; há também trabalhos de talha dourada, azulejos, mármore, sacrário, tocheiros e lampadários. A decoração do forro é da autoria de Franco Velasco, bem como os painéis que adornam os vários altares. A imagem do Senhor do Bonfim, de extraordinário esplendor, trabalhada em ouro e prata, foi trazida de Setúbal, Portugal. A feitura do trono do altar-mor é da autoria de Antônio Mendes da Silva. Nesta Igreja acha-se o tumulo do Capitão Teodósio Rodrigues de Faria, situado entre a capela-mor e a nave principal. À esquerda fica a sacristia rica em obras de arte. À direita, um corredor azulejado que vai dar ao Museu dos Ex-Votos, que é uma prova da fé que o povo deposita neste orago.
Anualmente, no terceiro domingo de janeiro dá-se o ponto alto da Festa do Bonfim. Na quinta-feira, antes do encerramento, realiza-se a Lavagem do Bonfim, que é uma mistura de manifestação da fé católica e rituais do culto afro-brasileiro, que identifica o Senhor do Bonfim com Oxalá. Para o ritual da Lavagem, várias baianas desfilam desde a Igreja da Conceição até a Colina Sagrada, transportando na cabeça jarros contendo água perfumada e flores, além de vassouras para a lavagem simbólica das escadarias do templo.